Como represália ao anúncio de um referendo na Grécia sobre o “plano de ajuda” da UE, BCE e FMI, os ministros das Finanças, reunidos no Eurogrupo este sábado em Bruxelas, recusaram de forma categórica o prolongamento do programa de ajuda atual por um mês pedido pela Grécia para poder realizar o referendo previsto par 5 de julho.
Depois do acordo sobre os termos de um comunicado muito duro que
- acusa a Grécia de ter rompido as negociações unilateralmente as negociações, e
- afirma que o programa de ajuda termina a 30 de junho, o que significa colocar a Grécia em falência nessa data,
os ministros do Eurogrupo continuaram a reunião sem o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, para discutir as consequências daquela decisão. Com este gesto, os dezoito disseram simbolicamente que a Grécia já não faz parte da zona euro.
Ao decidirem colocar os gregos à fome a partir de 3ª feira, o Eurogrupo colocou um ponto final ao golpe de estado financeiro iniciado pelo BCE, a 4 de fevereiro, contra o governo do Syriza resultante das eleições de 25 de janeiro. Um “golpe de estado”, aliás caucionado por François Hollande. É verdade que Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia, tinha dado o sinal ao afirmar, a 29 de janeiro:
“Não pode haver escolhas democráticas contra os tratados europeus.”
No seio da União Europeia não se consulta o povo. Esta proibição, que constituía uma espécie de cláusula secreta do tratado de Lisboa, não pode ter exceções desde que se trate de política económica. Para os neoliberais que comandam a União europeia, a economia é uma espécie de lei natural que não pode ser discutida de forma alguma. Sobrepõe-se portanto à democracia. Isto é totalmente insuportável.
Tradução do artigo de Michel Soudais no Politis
Tenho orgulho no governo grego. Vai ser muito dificil, mas assim e neo feudalismo! Como poderei ajudar os gregos?
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Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia afirmou a 29 de janeiro:
“Não pode haver escolhas democráticas contra os tratados europeus.” Portanto, conclui-se que é inútil haver eleições nos países do Eurogrupo. Sempre é uma actividade em que podemos economizar dinheiro e papel.
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A UE deveria ter pago a dívida da Grécia, desde o inicio e não se comportar como agiotas; proibir qualquer empréstimo até 10 anos depois de devolverem tudo a uma taxa de 0% e oferecer consultadoria para resolverem os problemas. Ninguém pode viver de empréstimos. O que tem sido feito é humilhante e só adiaram o problema por mais tempo. Confrontados com a realidade o povo Grego e seus políticos chegariam rapidamente a uma solução, como acredito que vão chegar. Mas é uma solução deles, não da Alemanha ou de outro pais.
Com a situação da Grécia a minha confiança na UE está totalmente destruída.
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